ENTRE O PRAZER E O SIGNIFICADO

sexta-feira, fevereiro 16

AGAIN - ZED - NYFA

Obrigado!

domingo, fevereiro 4

Até breve! (take 02)


Este blogue vai repousar (se a beleza do mundo deixar). Até breve!



oPorto.06.Palhaço Voador. Janeiro 2007

O Grande Teatro do Mundo 9


Aqui ninguém perde a cabeça por um braço. Texto e encenação de Fernando Moreira
O teatro tem esta capacidade de nos brindar com momentos únicos que justificam a existência humana. Quando um autor e encenador explora sem medo o seu potencial criativo, arrisca (e muito) e têm uma equipa tão generosa, disposta a dar toda a sua verdade e humanidade, a magia acontece. Obrigado a todos.

Quando a alma não é pequena #1

Dead Combo. Vila Real. 03 de Fevereiro. O mundo suspenso.

quinta-feira, fevereiro 1

A Poética de um Clown 4

Alastair Magnaldo

:: Há muitas características das crianças no universo do clown, no seu comportamento, na sua forma de pensar, na maneira de enfrentar os problemas, nas suas brincadeiras, nas reacções, nas mudanças de humor, como por exemplo a passagem do choro ao riso sem transição. A curiosidade, a ingenuidade, o olhar transparente, a sinceridade e a espontaneidade são padrões comuns ao tipo de comportamento da criança e do clown. O desejo de ter, de jogar, de experimentar, de aprender, a capacidade de reacção face à queda, seja física ou emocional, a entrega total àquilo que reclama a sua atenção, a ignorância do perigo, o desejo de abarcar tudo, a eterna indecisão perante duas ou mais fontes de atracção irresistíveis. E, especialmente, o imaginário. Essa capacidade para se transportar para outra realidade, inventada, sonhada, recreada desde o desejo de aceder a ela. Um trampolim para o jogo, para a aventura, como um aspecto fundamental da aprendizagem. Uma atraente simbiose entre conhecimento e gozo. Um elemento de desenvolvimento pessoal e, ao mesmo tempo, de socialização, de convivência, de aceitação e entrega.

:: Mas o clown não é uma criança. Tem idade de adulto e, portanto, já viveu e experimentou muito mais coisas que uma criança. Não se pode apagar de repente tudo isso da sua memória. As pessoas, e os clowns que há dentro de cada uma delas, são como são e comportam-se de determinada forma como resultado das experiências vividas desde o seu nascimento.

:: O clown é, antes, um adulto que actua sempre como o fazem os adultos quando não são observados, quando não estão expostos ao julgamento dos outros. E é quando estamos sozinhos que os nosso comportamentos se tornam livres, dando rédea solta às nossas verdadeiras emoções e mostrando a nudez do nosso interior.

:: Essa é a diferença entre os adultos e as crianças. Os primeiros só se comportam como os segundos quando estão sozinhos. As crianças fazem-no sempre, esquecendo que estão a ser observadas e só vão perdendo essa capacidade à medida que vão crescendo e assumindo o sentido de ridículo, característico do mundo adulto.

:: Esse é o milagre do clown, que consegue comportar-se como uma criança sem renunciar à sua idade. :0)
adaptado de El Clown, un navegante de las emociones, Jesús Jara

Inventar o Paraíso 4




Fotos de Alastair Magnaldo

Homo Faber 6

Gilbert Garcin

“Era uma vez uma águia que foi criada num galinheiro. E foi aprendendo o jeito galináceo de ser, pensar, de ciscar a terra, de dormir no poleiro... e à medida que ia aprendendo, esquecia as poucas lembranças que lhe restavam do passado.
É sempre assim : uma aprendizagem exige o esquecimento do passado. Esqueceu os cumes inacessíveis da montanha, os voos nas alturas, o frio das neves eternas, o horizonte a perder de vista, o delicioso sentimento da dignidade e liberdade.
Um dia apareceu um homem que vivera nas montanhas e vira o voo orgulhoso das águias.
'- Que fazes aqui ?' perguntou-lhe.
'- Este é o meu lugar...', respondeu.' - Toda a gente sabe que as galinhas vivem nos galinheiros, comem milho, ciscam o chão, deitam ovos e, finalmente, vão parar à panela – nada se perde!'
'- Mas tu não és uma galinha, és uma águia!'
'- De maneira nenhuma. A águia voa alto e eu nem sequer voar sei. Para dizer a verdade, nem quero. A altura dá vertigens. É mais seguro ficar por aqui, com a minha ração de milho garantida.'”

‘Ever tried. Ever failed. No matter. Try Again. Fail again. Fail better.’

‘Ever tried. Ever failed. No matter. Try Again. Fail again. Fail better.’