ENTRE O PRAZER E O SIGNIFICADO
terça-feira, outubro 31
sábado, outubro 28
sexta-feira, outubro 27
quarta-feira, outubro 25
O Viajante Imóvel 23
terça-feira, outubro 24
segunda-feira, outubro 23
O Viajante Imóvel 22
sábado, outubro 21
A Vida dos Objectos 4
“- Posso entrar?”, pergunta a noite.
“- Mas devagarinho”, responde o meu candeeiro.
sexta-feira, outubro 20
O Viajante Imóvel 21
quinta-feira, outubro 19
Aplauso
quarta-feira, outubro 18
Moro na tua Lua 3
“No princípio era o negro absoluto, a imensidão calma da noite.
Depois ela surgiu e tudo mudou.
Há muito que deixei de a procurar, agora tudo é mais calmo.
Aprendi que o melhor é esperar. Ela virá quando puder... ou quiser.
Sei que um dia virá ter comigo, senão porque passaria horas a fio, noites inteiras a observar-me?
Nada mais importa. Eu espero...
Mas nem sempre fui assim.
Depois de a conhecer a minha vida mudou. Procurei segui-la, por ela atravessei mares, corri oceanos, cheguei mesmo a andar à deriva. Tudo fiz para a encontrar. Quando julguei estar perto... estava ainda bem longe.
Senti-me perdido, sem saber o que fazer. No meio de tanto mar o barco tornava-se cada vez mais apertado, o mundo cada vez mais pequeno para toda aquela paixão!
Foi então que mudei de vida. Arranjei casa e confortavelmente instalado, julguei irrecusável a minha proposta.
Mas, de novo, ela fugiu.
Desesperado, fui então de telhado em telhado atrás dela, escravo daquele desejo, prisioneiro daquela atracção que pouco a pouco me deixava cada vez mais só.
E o tempo passou...
Agora já não corro, espero apenas.
O resto não importa...”
realizado por Pedro Serrazina, Filmógrafo 1995.
segunda-feira, outubro 16
A Personalidade do Comportamento 3
sábado, outubro 14
A Personalidade do Comportamento 2
quinta-feira, outubro 12
A Personalidade do Comportamento 1
Não adianta querer ser aquilo que não se demonstra.
terça-feira, outubro 10
A Representação do Eu nos Dias 20
'Ser completamente honesto consigo mesmo é o melhor esforço que um ser humano pode fazer'.
S. Freud
segunda-feira, outubro 9
domingo, outubro 8
sexta-feira, outubro 6
A Vida dos Objectos 3
quinta-feira, outubro 5
Alinha no Tempo 1
quarta-feira, outubro 4
A Representação do Eu nos Dias 18
terça-feira, outubro 3
Obra Primata 2
Disfarce
Todas as manhãs depois de lavar com champô o meu pêlo
visto a minha pele humana e
ponho a máscara humana e as roupas humanas
e depois vou para a cidade humana
e apanho o autocarro humano para ir trabalhar
Quando me sento ao computador
vendo as imagens do mundo financeiro
nenhum dos meus colegas sabe
que dentro da minhas luvas humanas
estão as patas grossas
afiadas e peludas
de um urso pardo
É verdade, sou um urso com um disfarce bem astuto,
a fingir que sou humano
a tentar não ceder à tentação
quando passo ao pé
dos bolos de creme na pastelaria
e dos favos de mel na loja de produtos naturais
Sou casado com uma mulher que conhece o meu segredo
temos uma filha humana
que tem pêlo como nós e olhos profundos e doirados
e delicadas patas
Chamámos-lhe Brunilda
Uma vez levei a Brunilda ao circo
e no circo actuava uma ursa
às piruetas num uniciclo entre rodas de fogo
ou a dançar ao som de um acordeão
Eu fiquei ali muito quieto
ela podia muito bem ser minha mãe
fiquei ali muito quieto
enquanto por dentro da minha máscara humana
corriam as lágrimas de um urso
Adrian Mitchell
Tradução de Helder Moura Pereira
Retirado de: last-tapes.blogspot.com