ENTRE O PRAZER E O SIGNIFICADO

quarta-feira, outubro 29

O Grande Teatro do Mundo 19

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'Eu sou quem puder ser'


'Vivos no Tempo e ao mesmo tempo'


O Concerto de Gigli
de Tom Murphy
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Encenação de Nuno Carinhas
Interpretação: João Cardoso, João Pedro Vaz, Rosa Quiroga
Produção ASSéDIO – Associação de Ideias Obscuras
Teatro Carlos Alberto
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segunda-feira, outubro 27

Histórias e espelhos

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'Há princípios estruturais que satisfazem a humanidade desde tempos imemoriais e esses encontram-se sempre no “desenho clássico”. Todos os grandes contadores de histórias, dos gregos a Shakespeare, Bergman, Fellini ou Godard, usaram o desenho clássico, todos eles jogaram com o conflito humano básico entre as expectativas e o confronto com a realidade. Ou, dito de outro modo, o conflito entre os nossos desejos e a capacidade que temos, ou não, para encontrar formas de ultrapassar e gerir os obstáculos.

Se a função vital do cinema é espelhar a alma humana e funcionar como metáfora da nossa própria vida, Robert McKee acredita ainda que este objectivo só é realmente conseguido através de uma estrutura clássica onde acompanhamos ao longo da acção o percurso de um protagonista através do conflito, angustiando-nos a par e passo com os seus medos e desejos e com as decisões arriscadas que terá de tomar, até encontrar a sua própria verdade ou humanidade.

Um argumento tem de ser a história de uma transformação e de como pode dar-se essa transformação na vida de uma personagem – de amorfo para herói da sua própria causa, de ninguém para alguém.

A história começa num momento de relativo equilíbrio na vida do protagonista, quando se dá um incidente – o incidente catalisador – que abala a sua vida. E prossegue com a luta para restaurar o equilíbrio, a procura de recursos, os embates contra os obstáculos, o medo, a necessidade de tomar decisões difíceis apesar dos riscos e finalmente a resolução.'
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A propósito do seminário Story de Robert McKee in Notícias Magazine
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Foto de PalhaçoVoador. Porto - Serralves . Setembro. 2008
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segunda-feira, outubro 20

O Viajante Imóvel 38








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Entre o cinema e o sofá, entre Istambul, Bremen, Nova Iorque, Buffalo, Paris e uma cidade perdida algures em Israel, entre a arte da cinematografia e o mero acto de contar histórias, o meu outono é feito de personagens, conflitos e sombras. Gente bonita.
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Homo Faber 29

Gilbert Garcin



‘Podemos vencer a nossa tendência para sucumbir ao diagnóstico preconceituoso através daquilo a que se chama “teoria dos componentes pessoais”. Um dos princípios fundamentais desta teoria é que cometemos erros de diagnóstico quando reduzimos o campo de possibilidades e nos fixamos numa interpretação única da situação ou da pessoa.

Formar opiniões iniciais é uma das formas de tentarmos conferir sentido a um mundo com tempo e informações limitados. Mas devemos ter o cuidado de não nos apoiarmos em demasia nesses julgamentos prévios, uma vez que podem liquidar uma avaliação mais subtil.

O que a teoria dos componentes pessoais nos ensina é a mantermo-nos flexíveis e examinar as coisas de perspectivas diferentes. Tem que ver com a manutenção das avaliações como provisórias em vez de definitivas, aprender a estar à vontade com informações complexas e por vezes contraditórias, demorar o tempo que for preciso e considerar as coisas de ângulos diferentes, antes de chegar a uma conclusão. Pode ser tão simples como impor a nós próprios um “período de espera” antes de fazer um diagnóstico opinativo.’




quarta-feira, outubro 15

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'As pessoas têm de ouvir
O que se diz
Mas não ouvir de mais.

As pessoas têm de ver
O que se mostra
Mas não ver de mais.'
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O Fazedor de Teatro, Thomas BERNHARD
(Recordado pelo meu AMIGO)
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Foto de Gilbert Garcin

quarta-feira, outubro 8

A arte de viajar 5

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'Nunca faças viagens com alguém que não ames.'

Ernest Hemingway

quarta-feira, outubro 1

Homo Faber 28


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‘Qualquer coisa que eu pudesse aprender teria de se justificar não em função do interesse de terceiros, mas antes em termos de enriquecimento pessoal. As minhas descobertas destinar-se-iam a encorajar-me: deveriam ser, de uma maneira ou de outra, “estimulantes vitais".

Tendo dado ao seu ensaio o título de Sobre a Utilidade e os Prejuízos da História para a Vida, Nietzsche começava pela afirmação extraordinária segundo a qual a recolecção de factos conduzida em termos quase-científicos era uma investigação estéril. O verdadeiro desafio era a utilização dos factos para estimular a vida. Citava a propósito uma frase de Goethe: “Odeio tudo o que se limita a instruir-me, mas sem aumentar ou revigorar directamente a minha actividade.”’
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Alain de Botton
Foto: Gilbert Garcin

‘Ever tried. Ever failed. No matter. Try Again. Fail again. Fail better.’

‘Ever tried. Ever failed. No matter. Try Again. Fail again. Fail better.’