PV. Janeiro 2008. A caminho de Salamanca
'Porque se abrirmos os olhos e virmos claramente, óbvio se torna que não há outro tempo a não ser este instante, e que o passado e o futuro são abstracções sem qualquer realidade concreta.
Até que tal se tenha tornado claro, a nossa vida parece ser toda passado e futuro, e o presente nada mais que o infinitesimal fio de cabelo que os divide. Daí nasce a sensação de “não ter tempo”, de um mundo que passa por nós a correr, tão depressa que desaparece antes de o podermos apreciar. Mas graças ao “acordar para o instante” verificamos que isto é o oposto da verdade: são antes o passado e o futuro as ilusões fugazes e é o presente que é eternamente real.
Até que tal se tenha tornado claro, a nossa vida parece ser toda passado e futuro, e o presente nada mais que o infinitesimal fio de cabelo que os divide. Daí nasce a sensação de “não ter tempo”, de um mundo que passa por nós a correr, tão depressa que desaparece antes de o podermos apreciar. Mas graças ao “acordar para o instante” verificamos que isto é o oposto da verdade: são antes o passado e o futuro as ilusões fugazes e é o presente que é eternamente real.
Descobrimos que a sucessão linear do tempo é uma convenção da nossa forma de pensar verbalista e unidireccional, de uma consciência que, para interpretar o mundo, se agarra a pequenas fracções dele, chamando-lhe coisas e acontecimentos. Mas cada uma dessas coisas que a mente agarra exclui o resto do mundo.'
Alan W. Watts. O Budismo Zen. Presença
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