krzysztof ludwig
‘A valentia é a virtude do desapego, porque nos permite passar do orbe da natureza, submetido ao regime da força, para o orbe da dignidade, que está por fazer (...). É também a virtude da fidelidade ao projecto, porque nos permite preservar nele apesar de tudo. Para que cumpra essas funções, devo transfigurar as minhas faculdades naturais em faculdades éticas, a ferocidade em valentia, a razão egoísta em razão partilhada, e estes saltos de fase são difíceis.
A esta altura do livro, oiço com clareza a música e vejo a coreografia, mas, serei capaz de a dançar? Pensar é tão simples e agir tão complicado! Abandono, pois, o aprazível refúgio da escrita e vou treinar com o resto dos bailarinos. Espero que quando o cansaço ou os medos ou os chamamentos da facilidade aparecerem, tenha já os recursos suficientes para não me esquecer do grande projecto.
Entretanto, animar-me-ei a mim mesmo recitando um poema de Yeats, que nos fala de um sonho:
Oh corpo curvado pela música,
Oh, olhar iluminado!
Como poderíamos distinguir
O dançarino da dança?’
A esta altura do livro, oiço com clareza a música e vejo a coreografia, mas, serei capaz de a dançar? Pensar é tão simples e agir tão complicado! Abandono, pois, o aprazível refúgio da escrita e vou treinar com o resto dos bailarinos. Espero que quando o cansaço ou os medos ou os chamamentos da facilidade aparecerem, tenha já os recursos suficientes para não me esquecer do grande projecto.
Entretanto, animar-me-ei a mim mesmo recitando um poema de Yeats, que nos fala de um sonho:
Oh corpo curvado pela música,
Oh, olhar iluminado!
Como poderíamos distinguir
O dançarino da dança?’
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