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de Jerzy Skolimowsky
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'Espantosa personagem, a deste apagado, solitário e ensimesmado funcionário de crematório fascinado pela enfermeira que mora em frente (e já agora, também é espantoso que ela seja uma figura de mulher bastante banal). A normalidade e as vidas ordinárias têm muitos rostos e alguns deles são fora do comum - é-o o desejo infantil e assexuado deste homem, e o retrato da sua acossada clandestinidade (não é por ser "infantil" que o desejo escapa à "proibição") é dado sempre no balanço entre o burlesco e a angústia. A gravidade desta vai ganhando, e até para nós, espectadores, é um aperto no coração aquele enorme muro com que o filme termina.'
'Espantosa personagem, a deste apagado, solitário e ensimesmado funcionário de crematório fascinado pela enfermeira que mora em frente (e já agora, também é espantoso que ela seja uma figura de mulher bastante banal). A normalidade e as vidas ordinárias têm muitos rostos e alguns deles são fora do comum - é-o o desejo infantil e assexuado deste homem, e o retrato da sua acossada clandestinidade (não é por ser "infantil" que o desejo escapa à "proibição") é dado sempre no balanço entre o burlesco e a angústia. A gravidade desta vai ganhando, e até para nós, espectadores, é um aperto no coração aquele enorme muro com que o filme termina.'
Luis Miguel Oliveira
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