ENTRE O PRAZER E O SIGNIFICADO

domingo, setembro 13

O Grande Teatro do Mundo 27

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'Idiotas'
de Fiódor Dostoievski
Encenação: Eimuntas Nekrosius
TNSJ
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'(...) Míchkin é idiota aos olhos dos seus congéneres, já que, no plano da realidade superior, ele possui a mais elevada inteligência que é a do coração. Dotado de um grau supremo de bondade, de pureza, de intuição, ele penetra as almas e o seu sofrimento; só o sofrimento possui segundo ele, a virtude purificadora. Míchkin faz nascer a confiança; as pessoas que com ele entram em contacto desatam a sentir e falar a verdade.
(...) É de uma humildade absoluta, a ponto de ser impossível humilhá-lo, a ponto de ser confuso exprimir ideias elevadas, por temor de o comprometer perante a sua própria pessoa. Qualquer ser lhe parece mais precioso do que ele mesmo. Não ignora que toda a gente se debate com "pensamentos duplos", embora ele só conceba pensamentos unos. É talvez a única personagem dostoievskiana sobre a qual "o diabo" não tem mão e cuja pureza é integral e inatacável.'
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Nina Gourfinkel, Programa TNSJ

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'(...) Nekrosius, não obstante o rigor das suas encenações, pensa com o coração. É isso que tem insinuado em entrevistas, é isso que confirma Tauras Cizas ao telefone: "quando ensaiamos uma cena ou um acto, ele não vê com os olhos mas acima de tudo com o coração. Se algo lhe parecer demasiado inteligente, não serve." Ele procura o emocional.'
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Kathleen Gomes, Público
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1 comentário:

Anónimo disse...

A inteligência essa, esta precisamente aí (...)"demasiado inteligente, não serve."

"metacomunicoraçao" - simplicidade no emocional...Um risco este termo :-P

:-)
Maria

‘Ever tried. Ever failed. No matter. Try Again. Fail again. Fail better.’

‘Ever tried. Ever failed. No matter. Try Again. Fail again. Fail better.’