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'- Jorge Luís Borges imaginava que o paraíso seria parecido com uma livraria. Imagina-o assim também?
- Não. Uma livraria tanto pode ser o paraíso como o inferno. O paraíso tem que ser um lugar onde as pessoas se tocam e não um lugar onde estão sozinhas com palavras.'
- Não. Uma livraria tanto pode ser o paraíso como o inferno. O paraíso tem que ser um lugar onde as pessoas se tocam e não um lugar onde estão sozinhas com palavras.'
José Luís Peixoto
5 comentários:
e/ou onde as palavras tocam as pessoas.
precisamente.
sonham as passagens, enquanto os sentidos se entorpeçem.
rodam em mar alto faz tempo, e tecem-se em seu escudo brilhante; cada dia que passa, um braçada mais longe da areia.
precisamente.
precisamente.
em verdade, sou de poucas falas,
mas acrescento sobre o pensamento que desenhei.
conheço quem percorra os vales e as ruas, e colha, olhar atento, os frutos das melhores árvores com que se cruza: aqui uma maçã, ao fundo, na distância possível, um citrino.
entre os troncos, uma sebe: cobardemente, escondem o gesto de apanha que repetem, enquanto riem e esqueçem.
é estéril o seu andar.
afinal, vivem no mesmo mar alto que atrás falava, e longe da liberdade, uma só vontade as governa, de seu nome antigo: egoísmo.
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