O Erro Criativo
'O performer clown ressurge, no corpo do outro, do espectador, que ri e demonstra ser afectado por alguma coisa: emoção, sentimento provocado e comungado pela acção do primeiro, talvez, para inspirar o ser. A isso se chama inspiração e expiração do ser, respiração no ser, acção e paixão, tão pouco discerníveis que já não se sabe mais quem vê e quem é visto, quem está certo, quem está errado. Isso não significa nada, quando o riso deforma os conceitos pela aceitação do erro. Na primeira vez em que vi um clown a trabalhar, percebi que aquilo que ele fazia, parecia ser feito para mim, em mim. Eu me sentia fazendo parte do espectáculo porque, muitas vezes, eu parecia rir de mim, ao ver aquele clown cometer erros similares aos que eu cometia inocentemente na vida, no meu quotidiano (...). No palco, o performer clown transformava os erros em expressão criativa e artística. Para Simioni, a humanidade nega os erros... mas ela tem que aprender a errar; somos falíveis e o clown mostra o erro. Os seus erros mostram que a humanidade não é perfeita (...).
'O performer clown ressurge, no corpo do outro, do espectador, que ri e demonstra ser afectado por alguma coisa: emoção, sentimento provocado e comungado pela acção do primeiro, talvez, para inspirar o ser. A isso se chama inspiração e expiração do ser, respiração no ser, acção e paixão, tão pouco discerníveis que já não se sabe mais quem vê e quem é visto, quem está certo, quem está errado. Isso não significa nada, quando o riso deforma os conceitos pela aceitação do erro. Na primeira vez em que vi um clown a trabalhar, percebi que aquilo que ele fazia, parecia ser feito para mim, em mim. Eu me sentia fazendo parte do espectáculo porque, muitas vezes, eu parecia rir de mim, ao ver aquele clown cometer erros similares aos que eu cometia inocentemente na vida, no meu quotidiano (...). No palco, o performer clown transformava os erros em expressão criativa e artística. Para Simioni, a humanidade nega os erros... mas ela tem que aprender a errar; somos falíveis e o clown mostra o erro. Os seus erros mostram que a humanidade não é perfeita (...).
A pessoa que faz o clown apenas coloca de fora os seus defeitos, inadequados neste sistema, e os reforça, rindo-se de si mesma. Ao mesmo tempo, faz com que o público também sorria, achando-a engraçada, porque esse público se vê tendo as mesmas atitudes em algum momento das suas vidas. São atitudes em que o clown tenta fazer certo, tenta seguir a regra, mas não consegue. Ele perde-se nas suas emoções. Ele é teimoso no sentido de tentar fazer o errado pelo certo. Na elaboração de um erro, subtilmente, expressa um sentimento rebelde de que, na verdade, acredita na humanidade das pessoas, pois mostra o erro como componente humano e elemento formativo do conhecimento.'
Retirado e adaptado do blog: Clown e Linguagem
1 comentário:
Assim que a vi percebi que esta era a sua verdadeira casa.
Gosto de a ver assim feliz e a crescer num ambiente tão saudável e bonito.
Aplausos, muitos aplausos.
Enviar um comentário