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'Há o Caravaggio David devoto e corajoso. E depois, há o pecador criminoso, o Caravaggio Golias. “Eu sei quem fui”, diz uma cabeça patética, incapaz de nos olhar nos olhos, “Sei o que fiz”. É uma visão desoladora que nos é oferecida na mais pura escuridão. Sem virtude, sem graça. Apenas a sombria verdade do interior da cabeça de Caravaggio, inundada de trágico auto conhecimento.
Para mim, o poder da sua arte é o poder da verdade. Em larga medida, sobre nós próprios. Pois para que tenhamos uma hipótese de redenção, teremos de começar por reconhecer que em todos nós o Golias compete com o David.'
Para mim, o poder da sua arte é o poder da verdade. Em larga medida, sobre nós próprios. Pois para que tenhamos uma hipótese de redenção, teremos de começar por reconhecer que em todos nós o Golias compete com o David.'
Simon Schama
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