ENTRE O PRAZER E O SIGNIFICADO

terça-feira, abril 14

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'O Eu não é uma coisa singular e a corrente da nossa consciência limita-se a fluir. Estamos sempre à mercê de sentimentos que não compreendemos e de sensações que não conseguimos controlar.

Pegamos nos nossos pensamentos dispersos e sensações inconstantes e juntamo-los numa coisa sólida. O Eu inventa-se a si próprio.

Se há algo que sabemos é que estamos aqui a viver isto. O tempo passa e as sensações vão e vêm. Mas nós ficamos.

Assim como um romancista cria uma narrativa, uma pessoa cria uma sensação de ser. O Eu é simplesmente a nossa obra de arte (...). Se não existisse, então nada existiria. Seríamos um cérebro repleto de personagens à procura de um autor.'


Jonah Lehrer, Proust era um Neurocientista
Foto: Barcelona. Abril 2009

2 comentários:

Psinocas disse...

O Eu constroi-se através da representação de papéis. Assim a identidade de cada um será tanto mais singular, quantas mais oportunidades tiver de exercitar essa variedade de papéis...

V. disse...

O Eu é simplesmente a nossa obra de arte (...):)

não me posso esquecer disto. *

‘Ever tried. Ever failed. No matter. Try Again. Fail again. Fail better.’

‘Ever tried. Ever failed. No matter. Try Again. Fail again. Fail better.’