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'O Eu não é uma coisa singular e a corrente da nossa consciência limita-se a fluir. Estamos sempre à mercê de sentimentos que não compreendemos e de sensações que não conseguimos controlar.
Pegamos nos nossos pensamentos dispersos e sensações inconstantes e juntamo-los numa coisa sólida. O Eu inventa-se a si próprio.
Se há algo que sabemos é que estamos aqui a viver isto. O tempo passa e as sensações vão e vêm. Mas nós ficamos.
Assim como um romancista cria uma narrativa, uma pessoa cria uma sensação de ser. O Eu é simplesmente a nossa obra de arte (...). Se não existisse, então nada existiria. Seríamos um cérebro repleto de personagens à procura de um autor.'
Jonah Lehrer, Proust era um Neurocientista
Foto: Barcelona. Abril 2009
2 comentários:
O Eu constroi-se através da representação de papéis. Assim a identidade de cada um será tanto mais singular, quantas mais oportunidades tiver de exercitar essa variedade de papéis...
O Eu é simplesmente a nossa obra de arte (...):)
não me posso esquecer disto. *
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